Não existe sujeito sem predicado, ação sem autor. As práticas de corrupção política em nosso município tem sujeito, e esse sujeito é bem determinado, ou seja, tem autoria bem clara e definida. Agora para que haja sujeito e predicado na oração temos que ter também os agentes da ação. No caso da corrupção essa ação envolve pessoas, povo que somos todos nós.
Por isso estou começando a suspeitar que o problema não esteja só no político corrupto, mas também nas pessoas, no povo. Nesse misto de responsabilidades, o povo também passa a ser sujeito. Como? O povo joga lixo na rua e depois reclama do governo por não limpar os esgotos. Os vereadores trabalham um dia por semana e o povo acha tudo isso normal.
O povo valoriza a esperteza do político que ficou rico do dia para a noite sem explicação aparente, o cara que fura a fila para ser atendido primeiro, o político que se locupleta dos serviços públicos como se fossem seus bens particulares. O melhor exemplo disso é o vídeo postado aqui no blog e no youtub, mostrando uma mangueira levando água da prefeitura para uma obra particular da irmã do prefeito. Afora algumas consciências cidadãs que se indignaram, a população não está nem aí. Ficamos a mercê da boa ação do Ministério Público, que graças a Deus está tendo uma atuação firme no nosso município no combate a corrupção no nosso município. Mas só isso não basta, as pessoas precisam se engajar mais nessa luta que é de todos, afinal os recursos são nossos, do povo.
Como agentes desse processo, o povo precisa também dar a sua contribuição. Temos muita gente boa no meio do povo, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres que o nosso município precisa para consolidar a democracia.
A falta de qualidade dos donos do poder, dos políticos corruptos, tem um único responsável, o povo – que somos todos nós que elegemos esses corruptos.
Mesmo que esse prefeito que aí está seja enxotado ou saia da Prefeitura, o próximo que sucedê-lo terá que continuar trabalhando com as mesmas pessoas defeituosas, ou seja, o povo, que somos nós mesmos. Portanto, enquanto alguém não sinalizar que pode curar o povo viciado na corrupção, acredito que ninguém servirá. Não serviu nenhum prefeito que já passou e tampouco servirá o que vier. Qual a saída?
Enquanto não surgir uma solução, seja de cima, de baixo, dos lados, de dentro, de fora, seguiremos igualmente condenados, igualmente sacaneados, os bobos da corte.
Claro que não esperamos nenhum Messias que venha salvar a lavoura perdida. Nós temos que mudar. Um novo prefeito com o mesmo povo alienado e defeituoso, não poderá fazer nada. Por isso está claro que somos NÓS QUE TEMOS QUE MUDAR.
Por isso vá agora mesmo para frente do espelho e exija uma atitude cidadã do responsável ou irresponsável por tudo isso que está acontecendo em nosso município.
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